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O ESPÍRITO SANTO GUIANDO A NOIVA DE CRISTO EM ATOS DOS APÓSTOLOS

Atos dos Apóstolos é visto pelos mais esclarecidos estudiosos das Sagradas Escrituras como um elo de ouro que une os Evangelhos aos demais livros do Novo Testamento. Foi escrito pelo evangelista Lucas (At 1.1-3). Não deveria se chamar Atos dos Apóstolos porque não trata da atuação de todos os 12 apóstolos, mas só de Pedro (capítulos 1 ao 12) e Paulo (capítulos 13 a 28), com uma brevíssima citação a João e Tiago. Portanto, o ideal seria que o nome dele fosse Atos do Espírito Santo.

A Igreja foi iniciada no ano 30, no dia de Pentecostes, sendo, portanto, marcada pelo poder do Espírito Santo que caiu sobre seus membros, dando a eles o dom de falar em outras línguas (At 2.1-4) e outros dons. A Igreja primitiva também foi chamada de a Igreja dos apóstolos. Sob o nome de Igreja primitiva, ela teve o seu final com a morte do apóstolo João, em 99 ou 100 d.C. Após João, continuou como Igreja apostólica, porque a maioria de seus pastores havia convivido com os apóstolos ou sido doutrinada por quem convivera com eles.
Durante todo o segundo século, os pastores exerceram a função de pais apostólicos e pais apologistas. Na função apostólica, eles doutrinavam a Igreja; na função de apologistas, escreviam livros apologéticos importantíssimos, em defesa da fé cristã. A Igreja teria permanecido a mesma até os dias de hoje, uma igreja satisfeita em si mesma (At 2.42-47), porém raquítica, porque só evangelizava em Jerusalém, e não se importava com as almas que estavam em Samaria e até nos confins da terra. A morte do diácono Estêvão (At 7.58-60) eclodiu a perseguição que levou os membros da Igreja — exceto os apóstolos — a dispersarem-se e tornarem-se missionários (At 8.1).

Não sendo uma instituição humana, mas o Corpo de Cristo (1Co 12.13), nós, que compomos a Igreja, estamos sendo conduzidos pelo Espírito Santo aqui na Terra, desde que Ele desceu sobre nossos irmãos da Igreja primitiva e os encheu de poder (At 2.4). Ele ficará conosco até o arrebatamento da Igreja. É ele quem detém a manifestação do Anticristo até o presente momento (2Ts 2.6-7). É ele quem convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Somos templo dele (1 Co 6.19) e, um dia, iremos embora daqui para encontrarmos Cristo nos ares (1Ts 4.17). O Espírito Santo também irá conosco.

Pr. Jefferson Magno Costa